FAAC redige documento contra a doção do PIMESP
Matéria para o jornal Extra, produzido para a disciplina Jornalismo Impresso II, da Unesp
Documento ainda defende políticas mais amplas de inclusão
Nathalia Rocha
Os professores da FAAC foram pegos de surpresa. Após reuniões para a discussão do Programa de Inclusão por Mérito das quais nem todos os setores da Unesp e do meio acadêmico participaram, os professores da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp Bauru foram chamados, durante Congregação, a darem um parecer quanto a adoção do programa.
O Coordenador do curso de Jornalismo da Unesp e militante na causa da inclusão dos negros nas universidades Juarez Tadeu de Paula Xavier apontou a falta de um debate sistemático envolvendo todos os setores da instituição. “Nós procuramos entre os departamentos que fazem parte da congregação da FAAC produzir um documento curto, direto e objetivo: o documento diz que somos contra o projeto, mas favoráveis a políticas mais amplas de inclusão”, afirmou Juarez.
O programa, que tem sido alvo de críticas por ativistas dos movimentos negro e indígena e por setores do meio acadêmico, é uma proposta que partiu do governo de São Paulo e do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP) e apresentada como uma alternativa ao tradicional sistema de vestibular. As críticas feitas ao PIMESP sugerem que o projeto, por prever que os alunos de escola pública realizem um curso preparatório antes de seu ingresso na universidade e por não ser baseado na divisão racial atrasa a democratização do espaço acadêmico e não favorece as minorias raciais.
Xavier afirmou que a ideia de um curso preparatório de dois anos comentou a ausência de um critério de divisão racial do programa. “Criar um mecanismo que impeça o aluno negro, o pardo e o indígena de entrar na universidade durante um período de dois anos não democratiza o es- paço acadêmico, só mantém seu caráter segregador”, completou o Coordenador do curso de Jornalismo.
Fora da instituição o PIMESP também tem sido criticado. Em manifesto ao governador Geraldo Alckimin e aos reitores das universidades paulistas, assinado por organizações pró-cotas e de defesa da inclusão das minorias e por professores e entidades ligadas aos movimentos estudantis, é defendida a suspensão do programa, chamado de “cotas maquiadas”, a adoção efetiva do sistema de cotas e um diálogo mais amplo entre o go- verno, as reitorias e a sociedade civil.
Apesar dos protestos contra a adoção do projeto, em Assembléia Legislativa de São Paulo organiza- da no dia 12 de março para a discussão sobre o PIMESP, o reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, se manteve favorável ao programa de inclusão do governo de São Paulo.
Matéria para o jornal Extra, produzido para a disciplina Jornalismo Impresso II, da Unesp
Documento ainda defende políticas mais amplas de inclusão
Nathalia Rocha
Os professores da FAAC foram pegos de surpresa. Após reuniões para a discussão do Programa de Inclusão por Mérito das quais nem todos os setores da Unesp e do meio acadêmico participaram, os professores da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Unesp Bauru foram chamados, durante Congregação, a darem um parecer quanto a adoção do programa.
O Coordenador do curso de Jornalismo da Unesp e militante na causa da inclusão dos negros nas universidades Juarez Tadeu de Paula Xavier apontou a falta de um debate sistemático envolvendo todos os setores da instituição. “Nós procuramos entre os departamentos que fazem parte da congregação da FAAC produzir um documento curto, direto e objetivo: o documento diz que somos contra o projeto, mas favoráveis a políticas mais amplas de inclusão”, afirmou Juarez.
O programa, que tem sido alvo de críticas por ativistas dos movimentos negro e indígena e por setores do meio acadêmico, é uma proposta que partiu do governo de São Paulo e do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (CRUESP) e apresentada como uma alternativa ao tradicional sistema de vestibular. As críticas feitas ao PIMESP sugerem que o projeto, por prever que os alunos de escola pública realizem um curso preparatório antes de seu ingresso na universidade e por não ser baseado na divisão racial atrasa a democratização do espaço acadêmico e não favorece as minorias raciais.
Xavier afirmou que a ideia de um curso preparatório de dois anos comentou a ausência de um critério de divisão racial do programa. “Criar um mecanismo que impeça o aluno negro, o pardo e o indígena de entrar na universidade durante um período de dois anos não democratiza o es- paço acadêmico, só mantém seu caráter segregador”, completou o Coordenador do curso de Jornalismo.
Fora da instituição o PIMESP também tem sido criticado. Em manifesto ao governador Geraldo Alckimin e aos reitores das universidades paulistas, assinado por organizações pró-cotas e de defesa da inclusão das minorias e por professores e entidades ligadas aos movimentos estudantis, é defendida a suspensão do programa, chamado de “cotas maquiadas”, a adoção efetiva do sistema de cotas e um diálogo mais amplo entre o go- verno, as reitorias e a sociedade civil.
Apesar dos protestos contra a adoção do projeto, em Assembléia Legislativa de São Paulo organiza- da no dia 12 de março para a discussão sobre o PIMESP, o reitor da Unesp, Julio Cezar Durigan, se manteve favorável ao programa de inclusão do governo de São Paulo.