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Matéria para o jornal Extra, produzido para a disciplina Jornalismo Impresso II, da Unesp
Nathalia Rocha e Isabela Romitelli
230 consoles, a paixão pelos games transformada em negócio. A descrição ilustra bem quem é Marcelo Tavares, CEO da Brasil Game Show – a maior feira de
jogos da América Latina – e um dos maiores colecionadores de games do país. Confira abaixo a entrevista, na qual o carioca de 33 anos fala sobre o desenvolvimento da área dos jogos digitais no Brasil.
A Brasil Game Show é a maior feira de games da América Latina. Qual a importância de um evento tão grande realizar-se no Brasil? Como os games são vistos hoje no país?
A importância da Brasil Game Show é muito grande para o mercado de jogos. Através do evento, conseguimos mostrar para o mundo o tamanho do nosso mercado, que tem crescido mais do que qual-quer outro. Em 2012 o crescimento foi de 43% em Hardware e 99% em Software. A BGS recebe a visita de importantes executivos estrangeiros e, só no ano passado, foram realizadas mais de 1.200 reuniões de negócios. No passado, os games eram vistos como algo voltado para o público “hardcore” e também eram tachados como diversão específica para o público infantil. Hoje em dia isto já mudou completamente, prova disso é que na BGS o público está situado em uma faixa que vai dos 13 aos 35 anos, com uma presença cada vez maior de jogadores casuais, e também um crescimento do público feminino, que já representa 30% do Evento.
Atualmente, os jogos tornaram-se assunto sério e surgiram várias profissões associadas a eles. O que mudou no modo como são vistos os games e gamers?
Hoje em dia, há um processo de Gamificação, onde os games estão cada vez mais inseridos no cotidiano das pessoas. É claro que você ainda tem os games como fonte de diversão em primeiro lugar, mas já é possível utilizar, por exemplo, games com sensores de movimento para a reabilitação clínica. Por outro lado, nós temos cada vez mais presentes jogos educacionais e empresariais, que servem como plataforma para transmitir conhecimento, não só para crianças, como também adolescentes e adultos. Uma outra possibilidade com os jogos desta geração é o estímulo à prática de exercícios físicos, que não chega a substituir os esportes tradicionais, mas serve como primeiro passo para muitas pessoas que, até então, eram sedentárias.
Sobretudo quando relacionados a crianças, os video-games e a televisão são, muitas vezes, vistos como prejudiciais e alienantes. A que se deve essa visão? Essa situação tem mudado?
MT - Eu acredito que esta situação já mudou quase por completo, principalmente pelo fato de inúmeros estudos comprovarem que os games são muito mais positivos do que negativos para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Através dos games é possível aprender novos idiomas como o inglês e também se estimula o raciocínio lógico, além de trabalhar a persistência quando se tem um título onde você perde e tem que tentar novamente, até conseguir avançar de fase.
Segundo as últimas edições da BGS e aquilo que você tem visto no mundo dos games, que tipo de jogos e propostas têm dado certo?
Vemos nos últimos anos um crescimento muito grande do mercado de jogos casuais, com títulos para plataformas como Facebook, tablets e smartphones. Este é um mercado que vem crescendo bastante e ainda tem espaço, no mínimo, pelos próximos cinco anos. Além disso, os jogos com sensores de movimento são outra tendência que veio para ficar, onde os consoles se tornaram de forma definitiva uma central de entretenimento, que fica na sala de estar, onde a família e os amigos podem se divertir com games, assistir filmes ou acessar a internet.
Matéria para o jornal Extra, produzido para a disciplina Jornalismo Impresso II, da Unesp
Nathalia Rocha e Isabela Romitelli
230 consoles, a paixão pelos games transformada em negócio. A descrição ilustra bem quem é Marcelo Tavares, CEO da Brasil Game Show – a maior feira de
jogos da América Latina – e um dos maiores colecionadores de games do país. Confira abaixo a entrevista, na qual o carioca de 33 anos fala sobre o desenvolvimento da área dos jogos digitais no Brasil.
A Brasil Game Show é a maior feira de games da América Latina. Qual a importância de um evento tão grande realizar-se no Brasil? Como os games são vistos hoje no país?
A importância da Brasil Game Show é muito grande para o mercado de jogos. Através do evento, conseguimos mostrar para o mundo o tamanho do nosso mercado, que tem crescido mais do que qual-quer outro. Em 2012 o crescimento foi de 43% em Hardware e 99% em Software. A BGS recebe a visita de importantes executivos estrangeiros e, só no ano passado, foram realizadas mais de 1.200 reuniões de negócios. No passado, os games eram vistos como algo voltado para o público “hardcore” e também eram tachados como diversão específica para o público infantil. Hoje em dia isto já mudou completamente, prova disso é que na BGS o público está situado em uma faixa que vai dos 13 aos 35 anos, com uma presença cada vez maior de jogadores casuais, e também um crescimento do público feminino, que já representa 30% do Evento.
Atualmente, os jogos tornaram-se assunto sério e surgiram várias profissões associadas a eles. O que mudou no modo como são vistos os games e gamers?
Hoje em dia, há um processo de Gamificação, onde os games estão cada vez mais inseridos no cotidiano das pessoas. É claro que você ainda tem os games como fonte de diversão em primeiro lugar, mas já é possível utilizar, por exemplo, games com sensores de movimento para a reabilitação clínica. Por outro lado, nós temos cada vez mais presentes jogos educacionais e empresariais, que servem como plataforma para transmitir conhecimento, não só para crianças, como também adolescentes e adultos. Uma outra possibilidade com os jogos desta geração é o estímulo à prática de exercícios físicos, que não chega a substituir os esportes tradicionais, mas serve como primeiro passo para muitas pessoas que, até então, eram sedentárias.
Sobretudo quando relacionados a crianças, os video-games e a televisão são, muitas vezes, vistos como prejudiciais e alienantes. A que se deve essa visão? Essa situação tem mudado?
MT - Eu acredito que esta situação já mudou quase por completo, principalmente pelo fato de inúmeros estudos comprovarem que os games são muito mais positivos do que negativos para o desenvolvimento da criança e do adolescente. Através dos games é possível aprender novos idiomas como o inglês e também se estimula o raciocínio lógico, além de trabalhar a persistência quando se tem um título onde você perde e tem que tentar novamente, até conseguir avançar de fase.
Segundo as últimas edições da BGS e aquilo que você tem visto no mundo dos games, que tipo de jogos e propostas têm dado certo?
Vemos nos últimos anos um crescimento muito grande do mercado de jogos casuais, com títulos para plataformas como Facebook, tablets e smartphones. Este é um mercado que vem crescendo bastante e ainda tem espaço, no mínimo, pelos próximos cinco anos. Além disso, os jogos com sensores de movimento são outra tendência que veio para ficar, onde os consoles se tornaram de forma definitiva uma central de entretenimento, que fica na sala de estar, onde a família e os amigos podem se divertir com games, assistir filmes ou acessar a internet.